O velho desce as escadas energicamente
caminha pela areia com as suas botas de borracha como quem caminha na calçada
despe a camisola num passo
está abrigado para uma noite de frio, e são oito horas de um dos dias mais longos do ano.
junta-se às rochas e levanta a gola das suas botas
aí guarda os seus afazeres, a maré baixa não chega à mochila, camisola e cana de pesca
e ele afasta-se de tudo isto e junta-se ao mar com um recipiente na mão para apanhar o isco que lhe dará trabalho esta noite
É neste ambiente que vou ver o jogo
é com outros como o velho que chegam, e outros novos que olham para o velho como se este fosse um ser raro
O velho faz o que sempre fez
O velho faz o que sempre fez
O novo nunca o fez
A família que anda pela praia não saberá que hoje há jogo?
ou não faz sequer parte dos seus planos visto não serem nem portugueses nem alemães
O velho não se juntou para ver o jogo
Tornou-se rocha e mar
Há coisas mais importantes
Sim há sempre coisas mais importantes
ficam os que dão importância a coisas menos importantes
e eu que não lhe dando tanta importância fico, dando mais importância ao momento aos gestos e às palavras e claro, ao sol que se torna mar e rocha no intervalo dos dois tempos.
Estivemos mesmo à beirinha à beirinha ... mas não foi o suficiente
Sim há sempre coisas mais importantes
ficam os que dão importância a coisas menos importantes
e eu que não lhe dando tanta importância fico, dando mais importância ao momento aos gestos e às palavras e claro, ao sol que se torna mar e rocha no intervalo dos dois tempos.
Estivemos mesmo à beirinha à beirinha ... mas não foi o suficiente
1 comentário:
tens que fazer um post novo!!!
estou esperando!!!
ehhehe
tchau
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